AGUARDENTE QUINTA DA NORA
Deonilde e Ilídio Correia
FOLGA
282 955 492
37°14’17.02”N 8°38’28.22”W
O casal Deonilde e Ilídio Correia começou a fazer aguardente há quarenta e cinco anos, depois do casamento. Ilídio não é de terras de medronho, mas Deonilde já em pequena acompanhava o pai na apanha do fruto. A destilaria, tal como a casa onde Deonilde vive desde os seis anos, fi ca numa propriedade chamada Várzea da Pedra Branca, na Folga, junto à ribeira do Arão. À semelhança de outras destilarias, também nesta a abundância de água e a existência de uma nora eram muito importantes nos tempos em que não havia água canalizada, porque simplifi cavam o processo de condensação dos vapores produzidos na caldeira onde o fruto é fervido. Quem não tinha água por perto, era obrigado a carregá-la em cântaros às costas ou num burro.
Mas à excepção da localização, que é a mesma de sempre, e da festa, que continua a ser rija nos dias de “estila”, na adega original tudo era diferente do branco imaculado do presente. As paredes eram de terra, e luz só a emprestada pelas lanternas. Memórias de uma outra época, que os donos da Quinta da Nora gostam de contar.
